Quando se trata de projetar planos de incentivos para executivos com o tema ESG (Enviroment, Social e Governance) ou em português ASG (Ambiente, Social e Governança Corporativa) para programas de ICP (Incentivo de Curto Prazo) e ILP (Incentivo de Longo Prazo), as organizações estão repensando e ajustando seus modelos de remuneração. No Brasil, esse movimento começou ainda no 1º semestre de 2020 em algumas poucas empresas. Mas hoje o assunto é discutido de forma mais ampla em diversas companhias.
Um dos motivos para essa adesão crescente são as empresas multinacionais que atuam no país. Elas já dedicavam atenção maior ao tema desde 2015 e passaram a orientar suas subsidiárias a seguir o mesmo caminho. Somente nos EUA, perto de 51% das empresas estão utilizando ou considerando adotar métricas de ESG ao projetar seus pacotes de remuneração de executivos. Desse modo, responsabilizam a liderança pela entrega de metas sustentáveis para seus negócios.
Como surgiu o ESG
A história do ESG começou em janeiro de 2004, quando o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, convidou mais de 50 CEOs de grandes instituições financeiras a participar de uma iniciativa do Pacto Global da ONU, com o apoio do International Finance Corporation (IFC) e do governo suíço. O objetivo da iniciativa era encontrar maneiras de integrar ESG aos mercados de capitais. Um ano depois, essa iniciativa produziu um relatório intitulado “Who Cares Wins”. Hoje no Brasil
empresas especializadas classificam e qualificam organizações nas aplicações do ESG em suas operações.
Tipos de métricas
Um estudo recente determinou a prevalência e os tipos de métricas ESG, incluindo fatores ambientais, envolvimento dos colaboradores, cultura da empresa, diversidade e inclusão. Participaram da pesquisa empresas públicas, privadas e sem fins lucrativos dos Estados Unidos e Canadá.
Entre os entrevistados que usam métricas ESG, estas compreendem entre 10% e 20% de todas as métricas do plano de incentivos. Geralmente, elas se aplicam não apenas para os executivos seniores, mas para todos os participantes do plano de incentivos. Apesar de seu pequeno peso relativo na determinação de remuneração variável, os planos de incentivos que utilizam métricas ESG podem ser projetados para reforçar o comportamento desejado em toda a força de trabalho de uma empresa.
Neste sentido, as empresas buscam identificar métricas na gestão de seus negócios. Porém, normalmente incluem apenas algumas em seus planos de Incentivos de Curto e Longo Prazo.
As métricas do plano de incentivos ESG são um mecanismo eficaz para sinalizar o que é importante para a organização. Elas também reforçam outros esforços voltados para desenvolver uma cultura que incentive os colaboradores a alcançar as expectativas crescentes de organizações operando de forma ambiental e socialmente consciente.
Grande parte das empresas que utilizam métricas ESG é dos setores de Mineração, Metalúrgica, Siderúrgica, Construção Civil, Bancos e Energia. Por outro lado, os setores de Tecnologia, Securitário e Serviços que são não consideram o uso de métricas ESG no momento.
As métricas podem variam de setor para setor
As empresas nos setores de Metalúrgica, Siderúrgica, Construção Civil e Energia são muito mais propensas a usar uma métrica ambiental. O engajamento e a cultura dos funcionários compõem a métrica mais prevalente para todos os outros setores, além da diversidade e inclusão.
A grande frequência de métricas ambientais nestes setores não é novidade. Afinal, seus modelos de negócios dinâmicos são cada vez mais dependentes do uso diligente de recursos naturais enquanto protegem o meio ambiente. Como exemplo, podemos citar a grande utilização do indicador Redução de CO2 na Atmosfera.
Esperamos que cada vez mais empresas avaliem a possibilidade de adotar indicadores de desempenho ESG em linha com seus stakeholders quando o tema for sustentabilidade. É uma pauta legítima, que busca o bem-estar da coletividade e está alinhada com as tendências internacionais de boas práticas.
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